segunda-feira, 11 de julho de 2011

O elegante rádio e a educação



Segundo alguns autores, a tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, no fim do século XIX, mas a Suprema Corte Americana concedeu a Nikola Tesla o mérito da criação do rádio, tendo em vista que Marconi usara 19 patentes de Tesla em seu projeto.
Na mesma época em 1893, no Brasil, o padre Roberto Landell de Moura também buscava resultados semelhantes, em experiências feitas em Porto Alegre, no bairro Medianeira, onde ficava sua paróquia. Ele fez as primeiras transmissões de rádio no mundo, entre a Medianeira e o morro Santa Teresa.


As primeiras radioemissões

O início da história do rádio foi marcado pelas transmissões radiofônicas, sendo a transcepção utilizada quase na mesma época. Consideram alguns que a primeira transmissão radiofónica do mundo foi realizada em 1906, nos EUA por Lee de Forest experimentalmente para testar aválvula tríodo.
No Brasil, a primeira transmissão foi realizada no centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1922, em que o presidente Epitácio Pessoa, acompanhado pelos reis da Bélgica, Alberto I e Isabel, abriu Isabel a Exposição do Centenário no Rio de Janeiro. O discurso de abertura de Epitácio Pessoa foi transmitido para receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo, através de uma antena instalada no Corcovado. No mesmo dia, à noite, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, foi transmitida do Teatro Municipal para alto-falantes instalados na exposição, assombrando a população ali presente. Era o começo da primeira estação de rádio do Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Edgar Roquette Pinto, a emissora foi doada ao governo em 1936 e existe até hoje, mas com o nome de Rádio MEC.

Ele e a educação

Desde sua invenção, há mais de cem anos, o rádio é considerado um dos meios de comunicação de maior importância na prestação de serviços. Ainda hoje, programas radiofônicos populares são alternativas que muitas comunidades recorrem para manifestar seus problemas e apresentar sua cultura. Um veículo barato, direto e popular, que sempre esteve ao lado do “ouvinte amigo” na democratização da informação.

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Hoje, em plena era dos microcomputadores e mini-geringonças portáteis, que nos conectam com todo o mundo, pode até se pensar que o rádio perdeu seu papel, principalmente pelo fato de que a maioria das rádios comerciais se rendeu ao fenômeno da simples reprodução de músicas. Mas em um país com imensas inconstantes sociais, o bom e velho radinho de pilha ainda é o único companheiro de muitos brasileiros.

Grupo que, apesar da variedade do público radiofônico, ainda reúne grande parte das donas de casa, empregadas domésticas, aposentados, taxistas, porteiros... Mas o democrático rádio também atinge gente de terno e gravata, de uniforme, desempregados, letrados e gente que não teve acesso à educação. E é nesse último grupo que o rádio pode ser mais do que um simples companheiro. É ali que governos podem focar um pouco de atenção para que a simplicidade e popularidade do rádio seja um eficiente mecanismo de acesso à educação.

Texto retirado do site do Centro de Educação a Distância, Universidade Federal de Juiz de Fora
http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=167:popularidade-o-radio-a-servico-da-educacao&catid=1:noticias&Itemid=50

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